Contas de gente

Data 11/11/2008 13:27:05 | Tópico: Poemas -> Sociais

Hoje só trago em mim um barco imenso;
Um vazio
Por saber que a outros consola o escasso;
Um fio
Que torna a saudade meada infinda;
Um frio
Que arrasto pelos pés em desalinho,
Um pavio
Aceso de nós grudados no ventre,
Um estio
Carente de curas, em expoente…

Amanhã, serei a força do mar denso
Um rio
Arrastão da foz para o levante espaço
Um pio
Agudo da súplica mais desavinda
Um desvio
Pela razão do querer rompendo o ninho
Um anúncio:
Sopro novo revolta em povo crente
Um prenúncio:
Males, noves fora nada, contas de gente…



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