Poema Efémero

Data 12/11/2008 16:18:37 | Tópico: Poemas

Tecer-te em rios de palavras
Cálidas, sagazes,
Deslizando ao som
Das pedras luzidias
Dos meus pensamentos,
E entregar-te em mãos
A água dos meus olhos,
É o que me resta hoje,
No remate da presença física
Deste corpo pútrido.

Cerra-se o ciclo
E cala-se a voz,
No derradeiro poema
Disforme.

Todo o verso é doloroso
E assassino,
Desferindo o golpe fatal
E silencioso,
Sem que me aperceba,
Sem que reclame…




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