Nos meandros da saudade

Data 12/11/2008 20:02:45 | Tópico: Poemas -> Reflexão

O corpo ergue-se da penumbra de si
Imola-se nesse fogo que também é seu
Emerge nas profundezas do oceano
Por um vendaval que irrompeu
Do livro docemente oculto
Pelos meandros da saudade
Inquieta-se, silenciosamente
Por alguém que sobreviveu
Ao naufrágio constelar
De uma vida renascida
Que não sabe porque sofreu

Queda-se quieto na noite
Meigamente permanece
No reflexo do olhar
Um rosto resplandecendo
Na pulcritude do luar
Abrilhantando a noite
De um ser que chora
Em orvalhos cristalinos
Deslizando suavemente
Pelo corpo proscrito
Sequioso de carinho

Escrito a 12/10/08



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=60558