A pureza da luz

Data 12/11/2008 23:34:09 | Tópico: Poemas -> Surrealistas

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Efémera semente de um pequeno Sol menino
Onde a razia da luz se espalha na densa bruma
Derivando no soslaiamento de um querer fino
Apazigua a escuridão da cegueira do tormento

Perpétuas cirandas cujo tempo se esvai
Onde as danças bailam aos sons do canto
Onde a luz cerrada do doente firmamento cai
Percorrendo as almas que gritam de pranto

Da pequenez do homem agraciou-se o pecado
Imundo, soslaio sempre à espera de um raiar
Querendo a pura luz como um mal enfadado
Padecendo de amores, onde o amor se tenta calar

Do silêncio das vozes, os gritos se humedecem
Saindo em coros mudos em jeito de pura sinfonia
Percorrendo as luzes os corpos que padecem
Trespassando-os, sentindo-lhes as dores da alegria

A fome de um novo amanhecer por agora se perde
Perdeu-se na noite, na noite triste dos tempos
Perdeu-se a inocência, pois a avareza não cede
Não cedendo, também, a pureza da luz a estes tormentos



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