Mors omnia solvit

Data 18/11/2008 22:49:16 | Tópico: Poemas -> Introspecção

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Minuto a minuto percorro furtivo o tempo que me resta
Tempo de alento, de queixume, de idiossincrasias baratas
Destruindo dentro de mim o fútil, o que não presta
Arrancando do meu ser, do meu íntimo as garras inatas

... remissão...

Tudo que eu sei é que o tempo é precioso e simples
Tenho de perder a cobiça, minha natureza morta
Meu desejo, minha pestilência, meu ensejo
Perder a indolência, pois no fim nada mais importa

...solidão...

Com o relógio do tempo voando em minha vida
Preparo-me para tudo perder, para tudo deixar
Ajoelhando-me no chão arrancando as raízes queridas
Raízes que nesta vida não me deixaram voar

...queda

Das desconfianças que causei aos ódios infringidos
Às dores e aos suplícios amargos dos outros seres
Das súplicas que foram barradas em meus ouvidos
Do poder de minha vontade, dos meus creres

...perdão...

Agora com o tempo o pouco que me sobra grito
Rezando aos tempos dos tempos alados
Tempos onde poderia ter sido outro espírito
Outra alma, outro ser, sem corromper meus fados

...Mors omnia solvit ...



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