Passagens

Data 19/11/2008 17:46:51 | Tópico: Textos



Ela respirava. Respirava um ar que não a pertencia, um ar que a asfixiava, que necrosava seus pulmões.

Ela vivia. Vivia uma vida que não a pertencia, assim como o ar que ela respirava, uma vida ruim, mas que por pior que fosse era a que ela vivia.

E ela também amava. Mas amava um amor seu, só seu. Esse amor não era ruim, nem a asfixiava, e ela amava; amava com tanta intensidade, que já não era mais ela mesma.

E respirava, vivia, e amava ardentemente; até morrer.

(escrito em 21/09/08)


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