PAREDES CAIADAS

Data 20/11/2008 13:27:25 | Tópico: Poemas -> Amor

Há olhos verdes d´água
onde o tempo alinhavou meu coração
nas brancas penas de uma ave
nos vôos da minha imaginação.

Há este silêncio de gritos
de horas coaguladas e anônimas
que suportam o peso da tua ausência
quando um vento seco e sem controle
afasta-te um pouco de mim.

Há mãos ancoradas em minhas areias
preenchendo lacunas de vozes e abraços
enquanto o fogo aceso e as flores nos canteiros
contrastam com os riscos de carvão nas paredes caiadas...

Há um avesso de mim
misturado a esta argamassa
que constrói um sonho na dobra de uma esquina
há um homem que sabe da mulher que há em mim
há um homem que fez a mulher que há em mim.





Há olhos verdes d´água
onde o tempo alinhavou meu coração
nas brancas penas de uma ave
nos vôos da minha imaginação.

Há este silêncio de gritos
de horas coaguladas e anônimas
que suportam o peso da tua ausência
quando um vento seco e sem controle
afasta-te um pouco de mim.

Há mãos ancoradas em minhas areias
preenchendo lacunas de vozes e abraços
enquanto o fogo aceso e as flores nos canteiros
contrastam com os riscos de carvão nas paredes caiadas...

Há um avesso de mim
misturado a esta argamassa
que constrói um sonho na dobra de uma esquina
há um homem que sabe da mulher que há em mim
há um homem que fez a mulher que há em mim.








Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=61481