É TRISTE ENVELHECER, MAS NEM SEMPRE !

Data 21/11/2008 14:22:16 | Tópico: Textos -> Tristeza


È triste!
Sim é triste! Não se pode envelhecer!

Estou a assistir ao jornal das 13 horas em Portugal na TV ( 14 horas em França).
Todos os dias, e depois de lançar uma vista de olhos pelo nosso Luso, vejo o jornal descansando na minha cama, é necessário, visto o meu problema de saúde.

Hoje, se soubesse o que ia ver e ouvir, não teria carregado no botão para acordar o televisor.
Teria adormecido mais cedo, e acordado com boa disposição.

Vi, ouvi e fiquei triste! Não se pode envelhecer!

Há quem não tenha esse problema, também é verdade, comigo salvo a minha saúde, envelheço normalmente. Problemas familiares... quem os não tem? E e não fujo à regra.

O problema não está no envelhecer, o problema está na maneira como a velhice é recebida,
Até parece que estas pessoas pensam que não chegam a envelhecer, (chegar a uma idade avançada, é um privilegio que nem todos se conseguem gabar)

Isto acontece, seja nos humanos, seja nos animais chamados irracionais, ( já nem conheço a diferença) e hoje, como dizia no principio deste texto, fiquei triste e porquê?
Tudo por causa de um burro branco! Parece que é uma raça ou cor, rara. Eu não penso assim, vejo todos os dias tanto burro branco!...
Mas enfim, estes a quatro patas, parece que são raros.
Envelheceu. E como acontece com algumas pessoas que envelhecem , não trabalha... não interessa., e está dado o primeiro passo para o abate, tudo simplesmente.

Na Serra da Estrela, a mais bela e a mais alta montanha de Portugal continental, um pastor tinha até agora um burro branco
Envelheceu e parece que é proibido, mas que grande burro!... como não dá rendimento, abate-se!
Felizmente, alguém de um refúgio no Algarve, teve conhecimento e recolheu o pobre burro num lar para burros idosos e felizmente ele, o burro, vai passar o resto da vida agradávelmente instalado e longe dos burros de todas as cores.

Posso ir descansar, fico feliz por saber que este animal, também vai ser feliz até ter uma morte natural
Bem haja!

A. da fonseca









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