Não meças

Data 23/04/2007 13:30:43 | Tópico: Sonetos

Não meças o amor, dado a minha desesperança
Tão pouco sobre o meu olhar, silenciado
Não meças o caminho, a fadiga, a alma tansa
Tão pouco sobre o meu poetar, saqueado

Meças o amor com as estrelas, tantas
Que passeiam em noite longas, sem cessar
Não o céu de fundo escuso como o meu olhar
Pois o é em toda imensidão: Não te encantas?

Meças o amor segundo a vida, a verdade
E que sendo toque, anseio, sentida saudade
Hás de entender o meu então por ti amar

E se disserem que amor assim não há
Perceba que é apenas uma palavra má
Pois há-de tudo sucumbir, ainda haver amar.




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