À MINHA MÃE

Data 10/05/2006 13:51:48 | Tópico: Poemas -> Saudade

Quis visitar-te o anônimo jazigo
Em que a humildade em paz se nos revela
Contemplo a cruz, antiga sentinela
Erguida ao lado de um cipreste amigo.

Busco a memória e vejo-te comigo
Estamos sob o verde de aquarela
Teu sorriso na túnica singela
É luz brilhando neste doce abrigo.

Recordo o ouro, Mãe, que não quiseste
Subindo para os sóis do Lar Celeste
Para ensinar as trilhas da ascensão...

Venho falar-te, em prece enternecida
Do amor imenso que me deste à vida
Nas saudades sem fim do coração.



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