Paradoxo da existência

Data 01/12/2008 08:52:41 | Tópico: Poemas -> Desilusão

Afogamento num mar subterrâneo de imagens sem sentido
Plangor ante o abismo e um adeus do sol
Assolação de simulacros de gente desfeita em pelejas
Desarrazoados austeros onde se azulou a magia!
Insolente qual verdugo recalcando outro
Ser humano que se consome no sono hipnótico da letargia
Tranquilidade em gavinhas de agasalhos
Nulifiquemos os enigmas no poder de criança
Em toques de melifluidade e júbilo qual pureza de espírito
Guardemos da puerícia, a confiança!


Deixem-me explodir em paixões devassas
Serão mais puras e saudáveis que o comercio das almas
Embrenhar-me prazenteiramente no entusiasmo, o despautério
Como purgação dos mais profundos anseios!
Pois se não nos extasiarmos na fúria da vida asfixiamos!
Seremos apenas foles de ar e vanidade
Que se enchem e esvaziam como autómatos!
Frios, retesados, sem alento e em pura bestidade!



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