
“Lados opostos” - Soneto
Data 02/12/2008 14:21:04 | Tópico: Sonetos
| “Lados opostos” - Soneto
A soleira da janela é arrimo ao corpo cansado Neblina no peito, condensada dor, e letargia A beleza estonteante do horizonte alaranjado Era só a evidência de mais uma noite de vigília
E num tempo que tem pressa, a noite se alonga Trazendo na quietude a sensação de abandono Do outro lado do vidro, quem a vida prolonga Sorri, diz que desse lado, um anjo vela seu sono
Anjo... que queria o poder de minar toda dor Cuja fé vacilante, hoje o faz impotente e vão Camufla num sorriso o frio alojado no coração
Porque nem todo dia, a alma é leve, e tudo é flor Nem todo dia se consegue flutuar como pluma Nem todo dia o sol faz dissipar a densa bruma...
Glória Salles 01 dezembro 2008 00:02hr Santa Casa de Adamantina -SP

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