Erupção

Data 03/12/2008 10:24:21 | Tópico: Prosas Poéticas

Invento em teu corpo despido a luz que suaviza o tom da tua pele de menina. Descubro em cada instante a flor perfumada da tua essência, Jasmim, Rosa Brava. Crio na ponta dos dedos o prazer que desperto na tua boca em suaves palavras não pronunciadas. Escrevo, descrevo-te cada momento de loucura, de ternura. Um imenso universo nasce em nosso redor, com imagens e sentidos que apenas conhecemos, exploramos e disfrutamos como se saboreassemos uma fruta fresca e doce.

Acordas em mim a terna paixão de uma juventude inacabada, um momento preso no tempo com finos fios de seda, que suspendem o vazio entre as palmas côncavas das nossas mãos. E dás-me de beber a água pura do desejo, resvala-me pela pele em pequenas gotas de cristal que brilham e se mesclam no orvalho frio da manhã. Dás-me em teus lábios o carmim que meu corpo incendeia em labaredas de luxúria que consomem a alma e derretem o meu ser que se dilui em ti.

E subimos, para lá dos limites do céu, onde cada estrela se faz de calor intenso que em nossos corpos se agarra e nos funde, onda de intenso perfume que se dissipa por todo este pequeno mundo. Sinto o gosto doce do chocolate derretido em tua boca, o mel dos sentidos que nos alimenta e enfim perdidos sobre os lençóis desta cama preenchemos os corpos desta lava que se mistura em espasmos de fina loucura.


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