SOLIDÃO

Data 03/12/2008 21:12:07 | Tópico: Sonetos

Como um cristal que se quebra em mil pedaços
A solidão é uma insensível companheira
A que não mede esforços e tateia
O corpo, a alma, as neblinas do olfato!

O cheiro da libido nas fronhas sujas
Da mente, dos orgasmos e das manhãs...
Das bocas suadas com febre terçã
A solidão divaga como erva bruta!

Só quem carrega no corpo essa dor amarga
Saberá do risco de lhe ser roubada
Da alma, a vontade de ser um mar...

Que navega pelos caminhos sem volta,
Com velas içantes querendo a porta
Do peito aberto na hora de amar!


(Ledalge, Solidão)

Com inspiração no poema Solidão, de Eric.


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