Cronica de uma pequena viagem.

Data 05/12/2008 23:43:28 | Tópico: Crónicas


Aterro por volta do meio dia no aeroporto Sà Carneiro,no Porto.Inspiro com toda a minha energia o ar e os cheiros do meu país,ilumino a minha alma com a luz que brilha quase sempre em Portugal.
Está frio,todavia o calor que humano que os Portugueses geralmente emanam são sufecientes para aquecer a alma e o corpo que o frio teima em gelar.
Vivo num país da Europa onde os invernos são longos e o sol teima em se fazer ausente.Venho por razões familiares,por pouco tempo, e neste pouco tempo impregno-me das coisas boas e das coisas menos boas deste país que amo.
Inpregno-me da luz,dos cheiros a campo e a maresia,do sabor da nossa comida,do calor dos amigos e familiares,da hospitalidade das nossas gentes.Todavia para contrariar todos estes aspectos positivos,dou-me sempre conta das dificuldades que a maioria das pessoas tem em viver todos os dias.

A realidade económica e social em Portugal é deveras preocupante.Estou bastante consciente desta realidade,mas è ao ve-la e ao senti-la bem perto das minhas gentes que me apercebo da verdadeira dificuldade que os portugueses tem em enfrentar a vida todos os dias.
Vejo a minha mãe que à semelhança de muitos outros idosos, a reforma quase nem lhes chega para os medicamentos.
E o resto? Como pode sobreviver um idoso com 150 euros,quando gasta 130 em medicamentos?Como se pode alimentar?Sem falar da luz,da agua atc....
E as pessoas que trabalham com salarios de 500 euros? Sem mencionar o facto de alguns deles nem sequer saberem se o irão receber no fim do mes.
Como podem dar uma vida digna aos filhos,educação,saude,cuidados basicos,pagar as rendas de casa;e porque assim tem de ser responsabilizar-se pelo bem estar dos seus idosos,porque como referi atraz não tem outra forma de sobreviver,senão dependerem dos filhos.
È uma realidade muito dificil de gerir.
Contudo vou frisar mais uma vez,temos a tal luz tão importante para o nosso equilibrio emocional,a comida melhor do mundo e o povo mais simpatico e acolhedor em comparação ao resto da Europa.

Deixo o meu paìs 3 dias depois de o ter chegado.Desta vez o ceu estava nublado o que deixa jà uma certa nostalgia.
Resta-me a consulação que o calor humano senti-lo-ei mesmo a distancia,e de trazer a mala cheia de livros escritos em Portugues para todos os dias encher o espirito e enriqueçe-lo com a nossa lingua Portuguesa e a nossa literatura.




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