A beleza

Data 10/12/2008 03:24:12 | Tópico: Sonetos


A beleza deve emergir, somente
Em cada gesto límpido, fremente
Ou num traço ínfimo e majestoso,
Metamorfose do prazer voyeur e ansioso.

Quando alçada em mil sois
Ou aprisionada em lençóis
Se transfigura, e o que é belo morre.
Não perdura, se dilui e escorre

Sublinho o caminhar profundo,
Um gesto de mãos leve e seguro
Onde se exala o odor de um segundo.

A beleza é luzente, mas não ostenta
Ilude os inconvenientes e insanos
Diluindo as ilusões de forma violenta.



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