SONETO DE NATAL

Data 10/12/2008 23:56:37 | Tópico: Sonetos

Àquele que sucumbe solitário
Restaram somente antigas lembranças,
Cenas dos filhos ainda crianças,
Que adultos o esqueceram num calvário

De dores e lágrimas intermitentes,
Na profunda escuridão de um asilo.
Justo ele que sonhara tranqüilo,
Futuro feliz de horas contentes.

Que duro revés lhe impôs a velhice,
Atado ao laço da indiferença;
Que vida danada, que gosto de fel.

Longe a família consagra a mesmice,
Mais um natal sem a sua presença;
Esperam um velho mais ilustre: Noel.


Frederico Salvo.




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