VESTIDO VELHO
Data 11/12/2008 00:42:59 | Tópico: Poemas -> Introspecção
|
Minha sorte atormentada é um vespeiro Guardando dejetos prestes a eclodir a larva Vivi por tanto tempo uma sorte malograda Sempre os desenganos costumeiros
Que ainda cambaleio e, caminho lento Que ainda não acredito e, ainda anseio Como um vestido velho apertando o seio. Cresci e o vestido ficou puído, bacento.
Ergo o torso corcunda, meio pendida Busco como jóia, o élan de forma cativa Aos olhos dos outros, uma diva! Se soubessem como me sinto perdida.
Amo tanto e sei que sou amada! Vês aquela luminosa luz do candeeiro? Me faz esquecer o zumbido do vespeiro Não sou eu, é a vida que é cansada.
|
|