FINS E MEIOS

Data 12/12/2008 21:45:09 | Tópico: Poemas

O café tingiu o leite
O sutiã escondeu o peito
O carro atropelou o sujeito
O silêncio foi violado pela canção
A capa espantou a chuva
A luva, ah! luva
Não senti a maciez de tua mão.

O trovão lembrou que existe o medo
O violão movimentou o dedo
O fim me fez lembrar os meios
A morte me levou ao devaneio.

O leite não é tinta
Os seios nus fazem com que eu sinta
Sem carro não há tropeço
A canção trouxe um bizarro sentimento
Qual o meio para espantar aborrecimentos
A morte não é o fim, é o começo.

***Joel de Sá***
12/12/2008.





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