A MORTE CERTA

Data 15/12/2008 12:34:17 | Tópico: Poemas -> Reflexão

A MORTE CERTA







Fui surpreso em plena juventude
com a certa e aparente morte.

A morte certa que não aceita não.

Uns vem sem ser bem recebido.

Outros vão sem querer e viram
ente-querido.

Fétida e intempestiva ceifa os
bons e os de mal com a vida.

Às vezes é chamada.

Outra é desgraçada.

De vez enquanto tem ajuda do
diabo.

Até nasce pronta pra decomposição.

Vai e volta com formas cruéis e
sutis.

Destrói países e agrada os ambiciosos
e imbecis.

A morte? Sei lá se é negra.

De dia também morre.

Outros agonizam e ninguém socorre.

Os vivos e loucos ajudam por prazer.

Prazer de ver sangue escorrer.

Sangue que não corre na veia de quem
morre.

Nasce? Nasce e morre? Morre e nasce?
Ou só morre?


















O NOVO POETA.(W.Marques).
O NOVO POETA.(W.Marques).



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=64114