NA PONTE DA PAZ
Data 27/12/2008 17:50:44 | Tópico: Poemas -> Amor
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Ah, mas, não me esqueço, de nosso belo passeio, ontem, pela manhã, junto ao lago, onde belas garças e cisnes, encantam os madrugadores, nem de uma ponte, toda de madeira, com uma pequena cascata, por baixo.
E de como alegres corriam os cães, de cá, para lá, embriagados, pelo verdejante espaço, a descobrir, fazendo-os saltar, de pura energia, em latidos, que se pareciam com vozes, tal o efeito, que tamanha alegria, trazida pelos animais, produzia em nós.
Claro que existia ciúmes evidentes, entre os caninos, e, se por atrevimento ou esquecimento, trouxesse a meu colo, um deles, deixando o outro prostrado no chão, logo um choro triste, saia do mais fundo, do animal, sentindo-se rejeitado.
Para acalmar sua tristeza, levava-o a ver os peixinhos vermelhos, em abundância, nas águas límpidas do lago, onde se podia ver o fundo, em toda a sua clareza, e, aos peixes, ia jogando pão, enquanto o cão, ainda ressentido, latia bravo, a tudo que nas águas se movesse.
Como tínhamos tirado a manhã, para nós as duas, irmãs, que ao longo do ano, vivem afastadas uma da outra, deixamos os cães e suas peripécias, para trás, e, caminhando, fortalecemos laços, neste paraíso terrestre, afirmando o amor, uma pela outra, e, nos abraçamos, fortemente.
Em paz connosco e plenas de felicidade, resolvemos por terminar a caminhada, pois que se aproximava a hora do almoço, e, fomos ajudar. E num espectáculo invulgar, ao chamarmos os cães, reparamos, que, caminhavam juntos, quais namorados, que, à sua maneira, também se haviam entendido.
Jorge Humberto 26/12/08
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