
Águas pálidas
Data 28/12/2008 19:59:15 | Tópico: Poemas
| Na margem do rio dos anseios Chovem lágrimas de purpúreos olhos Vagas memórias aos molhos Que flutuam nas águas doces dos riachos.
À margem de tudo e de nada Na riba declinada da vida chorada Bebe-se o suco de sangue e seiva Onde a depressão do rio é mais funda.
Flutua-se com pesar e perda Na corrente que traz e leva a vida Anseia-se a metamorfose da alma perdida E braceja-se enquanto há esperança.
Despenhadeiro de mera miragem Onde não cai a índole e o carácter Banhando-se na ribeira de múltiplas lágrimas As lívidas e macilentas sombras.
As águas são pálidas… Os rios não secam porque abundam as chuvas As lágrimas pertencem a aparecidas almas Nas margens secundárias das orlas.
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