A Carta Que Nunca Te Escrevi ou a Simples Confissão do Meu Maior Crime (Parte XV)

Data 30/12/2008 15:53:41 | Tópico: Prosas Poéticas

Perdi a esperança em caminhos que o tempo percorreu e isolei-me na clausura dos meus pensamentos. Aos poucos vou-me subtraindo de ti no resto de desejo de que alguma vez me olhes como teu infinito, num dia sem limites, sem aspas ou reticências. Dou passos por nada.
Sempre que acordo sem te ouvir a voz tento lembrar o teu nome e o teu perfumado sorriso, são segundos de consolo, o único abraço que tenho de ti. Sinto-te sem me sentir e reinvento a vida em episódios de novelas com maus argumentos.
Procuro nos livros uma razão para o meu "não", para o nosso "sim", uma razão para a razão.
As palavras ensinaram-me as tuas lágrimas, e as minhas que ainda contenho. Prometi que nunca mais te chorava, mas é difícil, choro-te em letras a falta que me fazes, choro o que não me dizes.


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