
Um hino à verdade
Data 03/01/2009 02:38:32 | Tópico: Acrósticos
| Será que o seu grito o trago amordaçado no meu peito E esta vontade de abrir os braços e agarrar fantasmas Serão as suas mãos ásperas e os seus braços robustos Que me impelem na minha fragilidade A grita-la num hino à verdade Na sua própria impossibilidade De agarrar o mundo e aniquila-lo Ou segurar na sua ternura as filhas amadas As que salvou e as que lhe escaparam? Teria de vir eu ao mundo A tardar ou em tempo certo Amá-la ou cantá-la em verso Num tempo que ainda tem tempo De salva-la a ela da tormenta E mudar o que dizem ser agoiro Perpetuando-se pelas gerações vindouras Pelo amor que eu lhe tenho? Pudesse eu ser eu a sua mãe E as suas filhas minhas as filhas Mas nasci eu muito tempo depois Neta de uma delas para a amar agora eu Como se todas elas em mim nascessem E as acarinhasse como a minha filha Que se senta no meu regaço E a estreito contra meu peito.
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