Cácomigomesmo

Data 03/01/2009 17:12:19 | Tópico: Poemas

É costume,
Espanto moscas
Quando me aborreço,
Eu não percebo o quanto falta-me
Para que me livre de mil adereços,
Que me ferem a visão e fazem estragos
No meu comportamento alheio a tudo.
As moscas permanecem a me circular a cabeça
Em estreitas linhas aéreas cruzam-se em plena efervescência
Das minhas conclusões.
Queria construir paredões enormes
Que me isolasse e me fizesse único,
Incluindo as moscas, as colocaria do outro
Lado do muro.
Ficaria seguro cácomigomesmo.





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