
a irreverência de maio
Data 30/04/2007 19:02:34 | Tópico: Poemas
| com a ventania a correr entre cúmulos e cirros espraiados sobre rezes apascentadas na verdura sente-se o querer vencer todos os pesados esbirros noivos não bastas vezes de enfados que trazem farturas
desenganou-se o dom nato polido no crâneo recheado de quem pensou a consciência como se a simplicidade fosse norma ou facto que nunca muda de lado numa solarenga coerência fazedora milagreira da verdade
no entanto a imberbe juventude mergulhada nestes interiores que perscrutam amiúde ondas de vómitos às cores aventadas à gasolina entornada enche numa estocada romba a rua de corpanzis à paulada e acende o rastilho colado à bomba
e bum lá se foi a ordem dos galos empoleirados nas costas dos bois num sopro nublado e ventoso igual a muitos mas como nenhum que castrou até os rijos falos que esperavam ficar para depois num deixa andar deliberado e enganoso
Valdevinoxis
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