Ode à Morte
Data 01/05/2007 11:05:32 | Tópico: Poemas
| Vós que aí vindes e não o sabeis, Que trocais vidas por débeis almas Energúmeno sortilégio que não morreis, Rio Dantesco de águas profundas e calmas Eterna existência no esquecimento, dores impossíveis, Meu corpo que levareis ao Inferno em chamas.
Troco a minha precária existência Por uma simples ideia de paz Falo a esse Deus, alta eminência Com poder de tudo o quanto não se faz. Deixai em mim uma leve reminiscência, Levai esta alma para onde todo o homem jaz.
Os poderes que não mostrais, Que prometeis a todos quantos vivem, A todos os Homens mortais. Mostrai-o agora, para mais não rirem! Jogai sobre nós as vossas hordas infernais, Tirai-nos a luz para que todos ceguem.
Misturai mais ódio aos nossos pensamentos, Trazei as trevas a este povo lerdo e ignóbil. Vós! Omnipotente Deus dos Tormentos Erguei a vossa magnânima mão, tão hábil, Que nos faz sofrer todos os momentos, Que nos faz selvagens, Homem terno e vil.
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