mais poemas 2006

Data 12/01/2009 11:06:57 | Tópico: Acrósticos

Peguei no mais lindo sonho
Juntei à minha imaginação amor
Agarrei bem forte na minha mente
E apertei com toda a força a mala

De um só gesto pus a mala às costas,
Abri a porta e parti

Disse adeus ao vento
Acenei bem de longe ao verde seco da natureza
Deixando para trás tudo o que vi crescer comigo
Parti! Passo por passo
Pensamento por pensamento

-Não vale a pena sofreres...
Sussurrava a voz rouca e aflitiva.
Tentando esquecer tudo,
Continuei

Perdida no átrio da minha mente
Ou talvez deixada levar pela dor
Ou mesmo porque... porque nada.
-Pára de ser teimosa, volta atrás.
Continuava a voz
-Ama mesmo que sofras...
Mas continuava a ignorar.

Segundo a segundo passavam séries de imagens
Séries de frases ditas em vão
Talvez estejam agora perdidas no chão
Mas ainda são nítidas


-Pára de ser teimosa, volta a trás
E repetindo todas as palavras vezes sem conta, a voz continuava
-Se algum dia caíres eu não vou lá estar
-Se algum dia quiseres voltar atrás, eu não vou lá estar
-Se algum dia voltares a chorar, eu não vou lá estar

Se... se... se...
A razão poderia ser esta, mas a verdade
Ninguém o pode negar...

Abri a mala, soltei o mais lindo sonho
Deixei o amor para trás
Soltei a minha mente
E voltei para trás.






Continuar ou voltar?


Às vezes faltam as palavras
Outras vezes os pensamentos fogem
Sem querer os desejos nascem
Por vezes prefiro não ter do que ter
Apressar o coração a esquecer

Não são poemas,
São palavras, que saem sem se dar conta.
E por mais vezes que tente esquecer,
Por mais vezes que apareçam imagens
Por mais vezes que chore, a vida continua igual.
Com ou sem sofrimento, é tudo igual
Chego porém a pensar que já nada é o que era
Não vou falar em surreal, nem em sobrenatural
Talvez fale apenas de pensamentos, sim, fora do normal
Ou então de frases ditas sem pensar.

Sinto que à minha volta, deixou de haver amor
Deixou de haver sol
Queria tanto ser um pássaro
Saber voar
Queria fugir daqui, nos momentos em que tudo deixa de fazer sentido
Mas porquê?
Já nem sei quantas vezes escrevi isto, talvez nunca
Mas pergunto sempre porquê.

Não peço dinheiro
Que acabem as guerras
Que deixe de haver doenças
Que o mundo seja melhor
Talvez peça uma coisa mais impossível que isto,
Mas queria tanto poder ter-te!

Será isto tão impossível?!




O meu único desejo





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