Dia de Morrer

Data 13/01/2009 16:16:52 | Tópico: Poemas


Numa dessas alamedas de cantos
Recônditos, cabelo ao vento,
Peito á luxúria olhos de prantos
Maria Rita escolhe o momento

Carros de olhares encarcerados
Pela visão das tristes coxas
Passam lentos e enviesados
Atentos às outras Marias roxas

Do frio que toca a rebate
Qual sino que se faz sina
De cada Maria que parte
Como esta que assim se fina

Quer a Rita ter o exclusivo
Da escolha desse momento
Partir assim, sem mais aviso
Cerimónia fúnebre ou paramento

É dia, da Rita que se fez Maria
Farta de sempre atrás correr
Hoje, sem pressas nem correria
Da Maria que se fez puta, morrer.




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