O silencio da incerteza

Data 15/01/2009 17:02:02 | Tópico: Poemas -> Reflexão


























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Expulso delicadamente
as nuvens pardacentas
admiro extasiada a lua desnuda
em danças sinuosas
em esgares prazeiros
cativando a terra enternecida
matizada pelo sol outonal

O mar em tons de azul cristalino
envolve-se nos braços salgados
da areia cristalizada
em cânticos marejados
em vagas orvalhadas
de minúsculas gotículas
num estonteante prazer

O silêncio permanece
aos brados atormentados
dos marginais desnorteados
perdidos nos meandros da vida
mas vagueando altivamente
isentos da real lucidez
entranhados em casulos ensombrados
que cobrem os subterrâneos
poeirentos e áridos da alma
desprovidos de afectos autênticos
e incapacitados de se darem
à imensurabilidade universal

Escrito a 14/01/09



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