Abraço de décadas

Data 16/01/2009 16:29:26 | Tópico: Poemas

Nas garras afiadas da saudade,
Mata-me o real da ausência,
Partículas perdidas de ti,
Poros e magias,
Sustos e luas suspensos nos teus dedos.

Convivo com sonhos e asas azuis,
Toques surreais,
Almas sem face,
Estrelas brancas em negras noites,
Distâncias acordando o Tempo.

Esfumo a vida,
Corro à desfilada por entre canaviais,
Perfumes sem cheiro,
Ácidos sem queimor,
Entrelinhas de sentidos desencontrados.

E num dia de um século por inventar,
Ressuscito o Amor,
Levo à sepultura a saudade,
Queimo a distância
E acolho-me no abraço das décadas!


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=67371