quatro.

Data 18/01/2009 18:14:14 | Tópico: Textos


o homem cavou o meu coração, abriu-o em sangue, extinguiu-lhe as batidas e sem piedade enterrou-lhe um não, depois deu-lhe a volta e foi sentar-se na aorta, disse: gosto e ti e baixou o olhar, disse: quero um corpo e ficou ali, coalhado como o sangue. chorou, acho que chorou, mas dentro do choro ainda há lugares certos, camas onde pernoitar. o choro é uma certeza passageira.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=67567