Maresias

Data 02/05/2007 22:21:10 | Tópico: Poemas

Flores que do campo nascem,
Odores que me adornam a vida,
Mulheres gastas a chorar seus filhos
Que marcham ao som dos gatilhos,
Batalha sem sentido... perdida,
Miúdos de mil sonhos que aí morrem.

Trovões que embalam o ser,
Mel que contorna o teu rosto,
Brisas que ondulam os cabelos
Soltos num mar de sentidos
No trono deste reino deposto,
Mão aberta por nada saber.

Ciúme da dor que me consumiu,
Que te traz rebelde no pensamento
De vestes alvas de pureza,
És ave, arco-íris de rara beleza
De asas vivas em tom cinzento
Lua que este Sol jamais viu.

Nau vagueante nos oceanos
A galgar louca as tempestades,
Sereia de cantos e encantos,
Fascínio de todos os santos,
Mãe de falsas infidelidades,
Corpos esculpidos... nus.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=6762