O PAVÃO

Data 20/01/2009 14:47:16 | Tópico: Contos -> Humor


Quanta exuberância!
Sabe aquela visão que surpreende, extasia...?
Pasmei... Nunca vi tanta beleza em um só homem!
Deus! Os deus ombros se sobressaiam em meio à multidão... Lembrei de Saul!
Moreno, olhos negros penetrantes - um árabe!
Cabelos fartos, lisos com uma leve ondulação na frente,puro charme.
Os músculos dos seus braços se faziam visíveis nas mangas da camisa pólo - propositalmente, colada ao corpo.
Eu estava encantada. Ele não tirava os olhos de mim, e, isso era recíproco...
Finalmente, para minha surpresa... Lá vem ele, “o morenaço” em minha direção; percebi que, ele era ligeiramente estrábico. Bem frente a mim, com voz fina e aveludada, de primeiro soprano, disse:
– Vamos amorr...? Um senhor de meia idade, bigodes fartos, assentado na fila por trás de mim, levantou-se, de mãos dadas seguiram a sorrir.
Oh! Deus... Que decepção! Espécie em extinção...
Era só um pavão!

EstherRogessi,Crônica:Releitura - O Pavão, Recife,01/11/12.
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/b ... /2.5/br/"><img alt="Creative Commons License" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc- ... </a><br/>This <span>obra</span> by <span>Attribute work to name</span> is licensed under a <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/b ... 2.5/br/">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License</a>


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=67764