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 Tudo ou quase nadaData 04/05/2007 10:33:42 | Tópico: Poemas
 
 |  | Somos tudo (ou quase nada) que aparece entre o renascer e o fechar da vidraça Apenas um espaço de janela aberta em qualquer parcela do universo
 Morada ou síntese de sombras entre os dedos calejados e os estalar dos ossos
 nas várias multiplicações do alfabeto da vida.
 
 Cinco palmos voláteis
 insondável estranheza da geometria tocada
 no profundo da alma que lançamos ao limite da vertigem em ângulos bem abertos que não cabem num só espaço.
 
 Dentro e fora de um corpo
 não sei se de duas formas
 nem tão pouco sua morfologia
 sei do amor feito e desfeito como uma cama
 em cada face do mesmo lençol.
 
 Calemo-nos, calemo-nos os dois
 neste tão inconcreto leito eleito
 Somos apenas bruma(ou quase nada)
 das futuras insuspeitas realidades
 dos astros alcançados através da vidraça fechada.
 
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