“Eis minha fuga”

Data 24/01/2009 17:12:17 | Tópico: Sonetos

Para tentar abranger, dominar o sentimento
Adestrar o psicológico já perto da tortura
Num parto de palavras, amordacei o tempo
Sucumbindo ao ensejo, do compor à loucura

Do coração vertem rimas, que anestesia
Num emaranhado de sensações doridas
Alma imergida nas entranhas da grafia.
Vagueando entre as reticências remexidas.

Logo, ficam fartas as linhas do poema...
Crio forma do alto da minha irreverência
Os versos, antes mudos, expelem eloqüência.

Vejo então que é porta de abrigo, o fonema
Na avalanche de palavras, a alma se refugia
Suspiros derramados, rimas da minha poesia.

Glória Salles

No meu cantinho...



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