Intempéries ciclónicas

Data 25/01/2009 23:47:31 | Tópico: Poemas -> Reflexão


As lágrimas secam-se no lago do olhar
Vidas, enredos, sentires, reflexões
Perdidos na brevidade do tempo sem fim
Esgares pulsáteis de vivências
Presentes no presente adivinhado
Lógico nos meandros desenrolados
Nas relações edificadas
Da culpa dual de seres carentes
Divergentes na união intemporal
Vidas angustiadas, desprotegidas
Vulneráveis ás intempéries ciclónicas
Dos eus reflexivos e fatigados de lutar

Sem armas, sem vontade de vencer
Abandonam-se à falta de ambição
Em reconstruir o tempo
No tempo que corre sem tempo
Olvidam-se passados vividos
Num futuro desconhecido
Somente a sobrevivência persiste
Nas almas amarguradas de sentir.

Escrito a 24/0109



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=68416