
Alma
Data 04/05/2007 17:10:52 | Tópico: Poemas
| Memórias do passado Que o tempo não esconde, Num emaranhado imenso De promessas carregado, Vindo não se sabe de onde, Mas tão forte, tão intenso.
A vida deste navegador, Varão de talhe fácil, voz sincera, Perdulário e agastado, Cheio de dor, feliz, animador, Flutuando nesta quimera, Um senhor, pobre coitado.
Homem de alma que luta a tristeza, O tempo… chuva, Sol e mágoa, O sonho que se entorna em lágrimas De sabor a mesquinhice e frieza, Água e terra, terra e água, Ideias parcas, ideias ínfimas.
O troar dos céus, voz do tormento, Sobrevoa o mar em cavalos alados, Qual misticismo de vida sombria, Assalta-me em tom de agradecimento Ao lembrar hordas de derrotados, Sabendo que sua vontade se cumpria.
Será minha a vida que saboreio, Quando vejo o velho horizonte, O eterno oceano sanguinário? Que doce é ela quando a semeio, Quando amada junto da fonte, Sonho real e imaginário.
Aclamo a morte num mar de entulho Para que chore piedosa os que levou, Para sempre guardados em suas ondas, Será este o meu motivo de orgulho, O de conhecer quem matou e não chorou, Vem a mim vernácula, não te escondas.
Velhos velhacos batendo cartas, Reis, Damas, Duques e Valetes, Desconfiança, sorte, crianças, Pessoas que sofrem, ficam fartas, Nações fortes, outras valentes… Saudades, vontades, meras lembranças.
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