3.º de um ciclo ainda sem título

Data 26/01/2009 21:16:37 | Tópico: Poemas

Visita-me o poema Antero de
Quental, traz uma ogiva ao peito em fio
de prata presa, ao peito, diz, traz uma
palavra, talvez a última palavra,

aquela que é navalha cintilante,
que esventra a madrugada na demanda
da alvorada, mas como quem procura
o caminho do ventre, esse regresso

que sempre se quer, sempre negado,
mas, insiste, diz, a última palavra,
aquela que coloca o derradeiro

ponto final na música que alimenta
o corpo do poema, o respirar
que cada verso em si, cioso, guarda.


Xavier Zarco
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