Nunca te vás embora

Data 28/01/2009 23:04:13 | Tópico: Acrósticos

Adoro os teus dedos, o movimento suave e macio que eles deixam cair no ar, como se atravessassem uma janela pintada de gotas de chuva. Lembras-te? O teu reflexo a cair de gota em gota, como se te entregasses pouco a pouco às minhas mãos. Como se eu sentisse, pouco a pouco, o calor do teu corpo em mim, as tuas palavras como se fossem um rio a cair em cada centímetro do que eu sou, os teus cabelos a sufocarem-me e eu sem te afastar. Quero-te, aqui e agora, ao meu lado, para poder dizer-te tudo o que te tenho a dizer, sem medos, sem rodeios, sem dedos a fecharem os lábios como fechaduras. Amo-te e quero estar contigo para além do tempo. Sim, é isso mesmo: quero que desenhemos o nosso próprio tempo e que pintemos o Sol com as nossas palavras, que o mundo seja nosso quando agarrares a minha mão e quando eu a apertar, dizendo-te o que tenho a dizer: " nunca vás".


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=68775