Descansa a falta

Data 05/05/2007 16:33:18 | Tópico: Sonetos

Debruça-te o teu corpo em falta
Pelo calor tétrico de minh'alma
Por sobre o bulício da fala calta
Ficas até que se veja a calma

Recosta-me sobre o teu seio
E peças, no flanco, as marcas,
Dos dedos, que se perde ao meio
E que não seja o querer as farpas

Que seja lentamente o gozo, talhado
A alma o descanso, achado, o repouso
Até que se veja o dia chegar.

Assi minha vida há-de ser amar
Pois o teu ventre há-de ser o poiso
Onde o meu amor, há-de ser amado










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