Fogueiras

Data 31/01/2009 12:30:36 | Tópico: Poemas

Fogueia-se a vontade,
O sonho de menino
Embrulhado em imaginário,
Os olhos de tenra idade
Fixados em longo destino
De seu herói lendário.

Apagam-se as vozes,
As sombras ocultas e escuras
Que o vento traz em seus braços,
Todos os retratos e poses
Tirados das alegrias mais puras
Escondidas no arrastar dos passos.

Aconchega-se o frio cortante,
Que se enrola nestas mantas
Feitas de medo e tristeza,
Fogueira acesa de fogo constante
Que rouba a alma com que cantas
De tua mãe sua beleza.

Acorda-se um dia novo,
O Sol que despertou da Lua,
Da noite que se escondeu,
O olhar perdido de um povo
Que se lembrou e saiu à rua,
Para gritar o que esqueceu.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=69033