14.

Data 31/01/2009 10:18:31 | Tópico: Textos


eu sopro a dor para arrefecer, faço de conta que arrefece e queimo a língua. não exponho as faces queimadas, deixo que a noite caia e tiro a máscara, à noite é mais fácil ser eu. enquanto isso há um ou outro queixume, uma ou outra maneira indelicada de torcer os pulsos até doer, a verdade é que dói, a verdade é que se embate contra o corpo e lhe solta as molas, é a verdade que o faz morrer, ficar primeiro pálido e depois branco. devagar. a morte de quem amamos é sempre lenta.




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