Um dia de fúria.

Data 01/02/2009 18:42:04 | Tópico: Poemas

Revoltado prossegues,
Arrastando cadáveres que exibes

Invades terrenos que não te pertencem.
Impérios terrestres desabam a teus pés!
Removendo o apoio de construções,
cobardemente derrubas muros.
Quebras o pacto de confiança
quando ocupas hortas e quintais.
E arrancas pela raiz os filhos que alimentavas.

Vergas canas e arbustos com o teu poder.
Curvam-se à tua passagem,
como se prestassem vassalagem

Na cólera, misturas a tua pureza com terra.
E permites que água e solo,
Mãe e Pai da Vida,
se transformem em lama e destruição.

Fortes árvores esqueléticas permanecem.
Com seus ramos pendurados que mergulham,
desafiam e resistem.
Mas não te sustêm…

Com pressa e fúria, avanças e destróis,
Massacras e móis

Mas se nós seres humanos,
Que nada criamos.
Só destruímos e fazemos danos.
Por tão pouco nos irritamos.

Quem te pode censurar,
A ti que tens o poder de apagar montanhas
Mas crias vivos vales.
Por hoje estares assim
Danado com os teus males.



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