rubro

Data 01/02/2009 21:05:34 | Tópico: Acrósticos

ainda o rubro. das papoilas, das rosas, das amoras.

e das cerejas vindouras.

e das telhas lusas, transitório abrigo dos homens
e dos passarinhos. e das almas em esperas nocturnas.

ainda o voo das borboletas sobre a chama.
e o fulgor das asas fracturadas ao anseio de fundear
em néctar vinícola de teu beijo, teia de ariana.

ainda os traços de pés esculpidos em omisso rumor
d’andares parados. e o abismo da fraga a cada tarde.
e as rugas que o tempo demarcou em cartografia
de dor.

[ainda o silêncio deste grito,meu amor …]

ainda o rubro. salinidade em sangue que arde.




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=69276