
ALFINETES À PARTE
Data 02/02/2009 22:25:18 | Tópico: Crónicas
| Desculpem-me os alfinetes Mas tem que haver mais habilidade Do que um mero alfinetar roupas Não se prendam apenas a isso Esvazia seu conteúdo, cai na mesmice. Esfria a alma... Olhem tantos tecidos que dá cor a vida E uma cor nova acrescenta tanto. Entre tantas cabeças, não se preocupe Se o alfinete certo não apareceu ou Escandalosamente aquele que encontrou Não o era... Essa eloqüência Só alcança seus ouvintes. Detenha-se previamente ao todo, Quanta textura nova a experenciar, Sedas, visco lycra e a meta a que esses tecidos conduzem, Faça disso um processo evolutivo. Alfinete sem cabeça desmerece, Alfinete cego, só se for para tecido avançado, Alfinete que se prende a alfinetadas desvaloriza o mercado. Alfinete você pode mudar o efeito que produz sobre a nossa sensibilidade. Não se perca em uma interpretação do mal como um bem, Em que o benefício, quem sabe, só mais tarde será visível. Não entre no império do destino impiedoso, Ele o torna cada vez mais limitado, e todo sofrimento Tem que ser sério, pois o mau sofrimento, cada vez mais Encontra menos mercado... Não seja apenas mais um alfinete Entre tantas cabeças. Seja sempre um alfinete que tem tendência para dar outro sentido Às coisas e compô-las, tanto menos tome em consideração As coisas do mal e as elimine com serenidade. Quanto mais esquecido estiver, mais o respeito se acumulará ao seu redor. Trate apenas de saber o que se entende por seu proveito, Não se alie ao grosseiro, que o entendera também da forma mais grosseira. Alfinete exija sempre de você ações não-egoístas. É possível que dois alfinetes não se entendam de modo algum um com o outro. Respeite-o como grande personalidade que é afinal é tão alfinete quanto você, As diferenças são necessárias tanto quanto alfinete de cabeça chata, Seja leve, até o chato é necessário...
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