1.º de um ciclo Bocageano

Data 04/02/2009 21:00:50 | Tópico: Poemas

Nasci e deram-me o nome de Bocage,
Manuel Maria, este que vos veste
A voz quando me chamam desse peste
Que versos derramou por puro ultraje.

Mas não!, leiam-me. Leiam este que aje
Como se de outro tempo, nunca deste,
Filho fosse e que faz do tempo agreste
Algo mais, muito mais porque reage,

Porque um vate não pode parecer,
Tem de ser do momento a consciência,
Mesmo que seja máscara o que escreve,

Ou rosto o que essa mão faz escrever.
O que conta é o verso, esta evidência
Que escreve dura pena a pena leve.




Xavier Zarco
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