Zénite

Data 08/02/2009 18:00:19 | Tópico: Poemas

Perde-se por sorte a minha vida
Em pesadelos e longos caminhos,
De pé em pé correndo,
Sem me sentir, apenas lendo
Velhos papiros e pergaminhos
Afogado em dor, em bebida.

Rasteja num ego inocente
A linha ingénua que me conduz,
Que tropeça em olhos secos,
Por ruelas, esquecidos becos
Onde o dia perde luz,
A noite cede, indiferente.

Cega-se solitária a Lua
Castrada de ti, louca,
Perversa vontade de ser,
Do eminente viver
Com voz que se faz rouca,
Verdade solta, crua.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=70117