Menina Amada (151)

Data 07/05/2007 22:47:18 | Tópico: Sonetos


Tudo logo se faz ausente
Ao ver o brio permanente
Naquela face calejada e maltrapilha
Da vulnerável figura de filha

Um rosto jovem e enrugado
Pelo tempo do sorriso apagado
Sentido ao ressoar velhos hábitos
Por relembrarem fúteis pactos

Enxuga-te, oh doce Querubim
Que ainda tens o fervor de mim
E das mágoas recaídas em folhas.

Afora-te do farto espumar de bolhas
Onde escondes-te envergonhada
Quando ocultas a menina amada.




24/04/07
Rio Branco.




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=7020