
Um suicida na janela
Data 14/02/2009 14:31:40 | Tópico: Poemas -> Amor
| Despeja a fonte falo ocasional, Evola-se a fumaça parda de um segredo, Despido o veu da inocencia lançado sob a tempestade, Somos dois e o vazio envolvente da carícia Não redimirá o pranto que marca um outro dia.
A fuga mais querida e ferida mais branda É a que sangra até o final,tolda a lágrima e beleza, Da tristeza outonal no virginal sorriso devasso Descansa nas sendas do sombrio vale.
Na janela eu suicida errante na tarde pálida Permito que um vislumbre de relance toque a esperança, A súplica apodrecida no silêncio da passagem Entenebrece nosso último abraço apaixonado.
A morte é a lembrança de um arrependimento A ausência eterna da palavra não dita, O esquecimento em menosprezo merecido acima da memória Corta minhas veias de ponta a ponta em cada braço.
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